Mahou, a magia do outono
Magia é algo incomum para as pessoas comuns, seus usuários são temidos e respeitados, eles são pessoas que mexem com as forças da natureza e com os kamis. Os noumins distinguem mahoutsukais de hahuris apenas pelo local em que se encontram, enquanto os hahuris ficam nos templos dando apoio espiritual as pessoas, os mahoutsukais vivem nas cortes e grandes cidades.
Onmyoudo, o caminho do yinyang. O onmyoudo faz uso dos doze caminhos da magia, o que faz deles magos no sentido mais comum da palavra. O uso da mandala como fetiche é o diferencial dos onmyoujis dos magos comuns, mesmo que os onmyoujis sejam magos com preparos mais rápidos da magia, eles possuem um acesso menor ao leque de possibilidades. Contudo, os magos federados e de outros locais que passam por Juumankido tem chamado a atenção dos onmyoujis e muitos já começaram a estudar novos métodos de mahou usando o conhecimento dos magos gaijins.
Mahoujutsu, as técnicas mágicas. As batalhas dos samurais com criaturas sobrenaturais os fizeram buscar recursos para combatê-los, usando os mantras do Rishido combinados com a mahou dos onmyoujis surgiu o mahoujutsu, um conjunto de 99 técnicas mágicas usadas pelos samurais, em especial os kuges, para combater criaturas mágicas e ganhar vantagem em combates contra outros samurais ou ninjas.
Musubi, a energia mágica
A definição de musubi vem das crenças do Kamido, é a palavra usada para a energia que produz todas as coisas do mundo, em outras palavras, é a energia residual da criação de Lith, é a própria essência divina espalhada por todas as coisas do mundo. Os arcanistas possuem a habilidade de reunir e acumular o musubi em torno de si e manifestar efeitos mágicos.
Sanmi, os três mistérios
A mahou é conhecida por possuir três fetiches: Mandala, Mantras e Mudras, respectivamente, o círculo, o verbo e os movimentos, ou a mente, a fala e o corpo. No império, eles são usados por três categorias de mahoutsukais, os onmyoujis, os samurais e os ninjas.
Mandala, o círculo. As mandalas definem os onmyoujis, é com estes círculos preenchidos com padrões geométricos e fórmulas mágicas que a maioria deles fazem magias. A maioria deles usam o caminho da luz para desenhar as mandalas no ar, próximo as mãos, em objetos, pessoas e superfícies, mesmo que sejam especialistas em outros caminhos, eles costumam gastar pelo menos um ponto no caminho da luz.
A palavra mandala significa círculo, mas a ideia de uma mandala é criar uma imagem de mundo e representa a posição das pessoas em relação ao universo. As mandalas comuns são desenhadas com giz ou carvão, os intermediários com materiais mais nobres como ouro, prata e pedras preciosas. As mandalas são a forma mais comum de acesso à magia dos onmyoujis.
Mantra, o verbo. Os mantras são sílabas, palavras, frases, textos ou poemas que funcionam como fórmulas místicas ou rituais cantados ou recitados usados para auxiliar na concentração e materializar espíritos, divindades e o mahou, a magia outonal. O mantra mais comum é Om, o som absoluto, que invoca o som da criação do universo, ele é usado para começar outros mantras. O mahou é invocado por meio dos mantras.
Mantras são aglutinações de palavras, números e alusões, eles são uma forma bastante poética de fetiche usados em mahou e mahoujutsus. As habilidades poéticas dos kuges em conjunto com sua educação humanística, com amplos conhecimentos em literatura, geografia e história lhes dão a primazia no domínio dos cânticos e do mahoujutsus.
Mudra, o movimento. A palavra mudra significa selo dando ampla significação de gesto, senha ou chave para algo. Mudras são movimentos feitos com as mãos ou o corpo, na forma de danças ou posturas. Os mudras feitos com as mãos, este tipo de mudra é especialmente feito pelos ninjas em seus ninjutsus.
Os selos são inspirados nos doze signos do zodíaco outonal. Há doze caminhos da magia e doze signos, cada signo é relacionado a um caminho, o último selo de cada mudra desperta o caminho, por exemplo, toda magia de fogo termina com o selo do Leão e toda magia da água com o selo da Carpa.
As famílias Long trouxeram ao império as primeiras concepções de magia a que os akijins tiveram acesso com as cinco rodas, cinco círculos ou cinco anéis. Mais tarde, os akijins desenvolveram o godai, as cinco formas, e o onmyoudo. Contudo, o gorin manteve seus adeptos, e os mantém até os dias de hoje, em especial na prática geomântica do Feng Shui ainda em uso pelos Long e pelo ninjutsu, as técnicas ninjas.
Os conceitos do gorin tratam de como as coisas dão origem a outras, suas transformações e mudanças. Os especialistas no gorin não costumam se referir a ele como cinco rodas, mas cinco estados.
Anel | Hakke | Estação | Cor | Selo | Goryu | Direção | Sentido | Órgão | Emoção | Fruta | Grão | Animal | Virtude |
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Chirin | Terra e Montanha | Equinócio | Amarelo | Kirin | Kiryu | Centro | Paladar | Boca | Pensamento | Jujuba | Boi | Fé | |
Suirin | Água | Inverno | Preto | Genbu | Kuroryu | Norte | Audição | Ouvido | Tristeza | Castanha | Soja | Porco | Sabedoria |
Mokurin | Trovão e Vento | Primavera | Verde | Seiryu | Aoryu | Leste | Visão | Olhos | Alegria | Ameixa | Arroz | Galo | Benevolência |
Karin | Fogo | Verão | Vermelho | Suzaku | Akaryu | Sul | Tato | Língua | Alegria | Damasco | Trigo | Ovelha | Ritual |
Kinrin | Céu e Lago | Outono | Branco | Byakko | Shiroryu | Oeste | Olfato | Nariz | Raiva | Pêssego | Painço | Cavalo | Justiça |
Karin, o anel do fogo
A roda de fogo trata das chamas, calor e energia.
O godai é uma variação akijin do gorin, os mahoutsukais akijins aplicaram conceitos do Kamido e influências externas aos conceitos do gorin e formularam o godai. Os akijins trocaram os elementos madeira e metal pelo vento e vazio, esta mudança trouxe novas formas de pensamentos e a criação de filosofias próprias das crenças e tradições de Akiteikoku.
Dodai, a forma da terra
Chi (às vezes ji) ou tsuchi, que significa Terra, representa os objetos duros e sólidos da Terra. O exemplo mais básico de chi está em uma pedra. Pedras são altamente resistentes a movimentos ou mudanças, assim como qualquer coisa fortemente influenciada por chi. Nas pessoas, os ossos, músculos e tecidos são representados por chi. Emocionalmente, chi é predominantemente associado à coletividade, estabilidade, fisicalidade e gravidade. É um desejo de que as coisas permaneçam como estão; uma resistência à mudança. Na mente, é confiança quando sob a influência deste modo chi ou humor, estamos cientes de nossa própria fisicalidade e certeza de ação. Este é um conceito separado da energia-força, pronunciado em chinês como qì (também escrito ch'i) e em japonês como ki. Tsuchi (terra): estabilidade/teimosia; manter-se firme e usar força e presença (fonte: força).
Suidai, a forma da água
Sui ou mizu, que significa Água, representa o fluido, o fluir e as coisas sem forma no mundo. Além do exemplo óbvio de rios e lagos, as plantas também são categorizadas em sui, pois se adaptam ao seu ambiente, crescendo e mudando de acordo com a direção do sol e as mudanças das estações. Sangue e outros fluidos corporais são representados por sui, assim como tendências mentais ou emocionais à adaptação e à mudança. Sui pode ser associado ao pensamento, à defesa, à adaptabilidade, à flexibilidade, à maleabilidade e ao magnetismo. Mizu (água): flexibilidade/emocionalismo; angulação defensiva e trabalho de pés para esticar o atacante antes de contra-atacar (fonte: poder).
Kadai, a forma do fogo
Ka ou hi, que significa fogo, representa as coisas energéticas, vigorosas e móveis do mundo. Animais, capazes de se movimentar e cheios de energia vigorosa, são os principais exemplos de objetos ka. Corporalmente, ka representa nosso metabolismo e calor corporal e, nos reinos mental e emocional, representa impulso e paixão. Ka pode ser associado à segurança, motivação, desejo, intenção e um espírito expansivo. Ka (fogo): Usando ataques de alta energia defensivamente (fonte: energia).
Fuudai, a forma do vento
Fuu ou kaze, que significa Vento, representa coisas que crescem, se expandem e desfrutam de liberdade de movimento. Além do ar, da fumaça e afins, fuu pode, de certa forma, ser melhor representado pela mente humana. À medida que crescemos fisicamente, aprendemos e nos expandimos mentalmente também, em termos de nosso conhecimento, nossas experiências e nossas personalidades. Fuu representa a respiração e os processos internos associados à respiração. Mental e emocionalmente, representa uma atitude de mente aberta e um sentimento de despreocupação. Pode ser associado à vontade, à elusividade e à evasão. Kaze (vento): Métodos evasivos e evasivos que redirecionam os ataques para longe de seus alvos (fonte: resiliência).
Kuudai, a forma do vazio
Kuu ou sora, mais frequentemente traduzido como Vazio, mas também significando céu, paraíso ou ambiente, representa aquelas coisas além e dentro da nossa compreensão cotidiana, particularmente aquelas compostas de energia pura antes de se manifestarem; o vazio do qual a energia é composta. Corporalmente, kuu representa o espírito, o pensamento e a energia criativa. Representa a criação de fenômenos. Também pode ser associado ao potencial de poder, criatividade, espontaneidade e inventividade. Kuu é de particular importância por ser o mais elevado dos elementos. Nas artes marciais, particularmente em contos de ficção onde a disciplina da luta se mistura com a magia ou o ocultismo, frequentemente se invoca o poder do Vazio para se conectar à energia criativa quintessencial do mundo. Um guerreiro devidamente sintonizado com o Vazio pode sentir o que o cerca e agir sem usar a mente e sem usar seus sentidos físicos. Kuu (vácuo): Luta espontânea e inventiva.